A revista Scientific Reports divulgou, no dia 31 de agosto, que pesquisidores criaram um perfume baseado no aroma utilizado na mumificação de Senetnay, ama de leite do faraó Amenófis II.
O cheiro foi recriado após uma expedição a tumba KV42, que abriga o corpo desta senhora, em Luxor, no Egito.O “perfume da eternidade” será exibido em uma exposição do Museu Moesgaard, na Dinamarca.
O grupo internacional responsável pela alquimia apresentará aos visitantes o aroma da mumificação realizada há 3,5 mil anos.
Conforme repercutido pela Galileu, os especialistas recriaram o perfume com a ajuda de Carole Calvez, perfumista francesa, e Sofia Collette Ehrich, museóloga sensorial.
O estudo teve como ponto de partida partículas de bálsamo encontradas em dois recipientes canópicos, utilizados para armazenar os órgãos da ama de leite.
"Os resíduos dos bálsamos são parcialmente preservados com finas camadas nas paredes e bases dos potes, bem como permeando o calcário poroso do qual os potes são feitos”, disseram especialistas.
Os grupo de pesquisadores também afirmou que os bálsamos possuem uma mistura de óleo vegetal betume, cera de abelha, gorduras, resinas de diferentes plantas e uma substância balsâmica.
Senetnay não foi uma ama de leite qualquer, ela amamentou Amenófis II, herdeiro do faraó Tutemés III. Por ter, literalmente, nutrido o futuro do reino, ela foi mumificada com um aroma sofisticado.