No ano de 2019, dois filhotes de leão mumificados completos foram descobertos durante uma escavação na antiga necrópole de Saqqara.
Com cerca de 8 meses na época de sua morte, é estimado que eles viveram durante a 26ª Dinastia do Egito (período entre 664 a.C. e 525 a.C.), encontrados juntos de outros objetos da época.
Dado que foram encontrados junto de outros felinos mumificados, é possível que tenham ligação ao culto de Bastet, a deusa dos gatos. Os felinos tiveram um enorme papel na iconografia do Egito Antigo.
O leão era um símbolo da autoridade real, mas imagens de leões também eram utilizadas em objetos do cotidiano, como cadeiras e camas", explicou o egiptólogo Conni Lord ao National Geographic.
De acordo com o especialista, a falta de múmias de leões na história das escavações do Antigo Egito é curiosa, já que os egípcios eram "perfeitamente capazes" de mumificar animais de grande porte.
A única diferença é que o mesmo processo seria mais desagradável com um leão em termos de odores por conta de sua dieta de predador, com mais restos de carne podre em seu sistema digestivo.
Um fato importante de ser apontado é que esses mamíferos costumavam habitar a região do Nilo na época do império egípcio, antes de mudanças climáticas tornarem a área menos propícia para a espécie.
Ainda conforme o National Geographic, esses majestosos animais eram por vezes criados como animais de estimação pela realeza e caçados por esporte por faraós.
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DIVULGAÇÃO/ANTIGUIDADES DO EGITO, THE METROPOLITAN MUSEUM OF ART, TENOR