FILME CAUSOU POLÊMICA ENTRE HERDEIROS DE PICASSO E JAMES CAMERON
TITANIC:
Titanic (1997) retrata o naufrágio do lendário RMS Titanic, em 1912; mas usa de liberdade poética para contar a história — ou seja, nem tudo mostrado no filme aconteceu de fato.
Para representar a perda dos bens materiais, por exemplo, James Cameron consultou o espólio do pintor Pablo Picasso para usar a obra "Les Demoiselles d'Avignon".
O quadro faz parte da coleção do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa); portanto, não só não esteve presente no Titanic como também não foi perdido na tragédia.
Portanto, seu uso não foi autorizado no longa. Mesmo assim, Cameron usou uma cópia do quadro original nas gravações.
USO INDEVIDO
O fato fez com que a Sociedade dos Direitos dos Autores abrisse um processo contra Cameron. Resultado? Ele teve que pagar uma multa — o valor jamais foi revelado.
Mas a confusão não acabou por aí. Em 2012, o naufrágio completou 100 anos e James Cameron aproveitou para relançar Titanic nos cinemas, desta vez com a tecnologia do 3D.
A exibição fez com quem um novo processo fosse aberto. James Cameron acabou pagando outra taxa para licenciamento da obra, mas apenas para um das cenas.
No fim do filme, quando o quadro submerge nas águas, Picasso foi substituído por uma obra que também não estava no naufrágio, mas que já estava em domínio público.